Deus É um Fogo
1985/1987, 85 min, colorido, 16 mm
Longa-metragem sobre o fenômeno da Teologia da Libertação na América Latina, Deus é um fogo documenta a ação social e política de sacerdotes católicos em defesa das populações mais pobres em países como Brasil, México, Cuba, El Salvador, Nicarágua, Equador e Peru. O título do filme é uma referência ao filósofo Heráclito, que atribui ao fogo a função de “força configuradora do mundo”. Geraldo Sarno entrevista padres, bispos e teólogos, que enfatizam o papel social e evangelizador da Teologia da Libertação, como contraponto às relações institucionalizadas e de poder da Igreja Católica. Deus é um fogo também documenta as condições de vida de camponeses e indígenas latino-americanos. O filme assume uma posição pós-colonial ao dar voz a povos indígenas e sua simbologia mística. Não por acaso, a primeira e a última sequências do filme tratam da ancestral cosmogonia indígena: a primeira em Chiapas, no México; a última em Riobamba, no Equador.